4 de outubro de 2013

Limites da Expertise.


Instituições de Ensino Superior que não fazem Extensão apenas contam a História tardiamente, não lhes sendo possível fazer a História.

http://carlosmagnocorreadias.blogspot.com.br/2013/10/extensao-universitaria-promovendo.html


Carlos Magno Corrêa Dias

04/10/2013

2 de outubro de 2013

Extensão Universitária Promovendo Ampliação da Expertise Profissional.


A Extensão Universitária (ou Extensão Acadêmica) é “considerada”, particularmente, no Brasil, conforme dispõe o artigo 207 da Constituição Federal, um dos pilares da Formação Universitária, conjuntamente com o Ensino e a Pesquisa, uma vez que se proclama, invariavelmente, a “indissociabilidade” entre Ensino, Pesquisa e Extensão.

Porém, há muitas dúvidas, senão controvérsias, efetivamente, ou enganos, eventualmente, quanto a quais atividades acadêmicas estão, de fato, relacionadas com a Extensão, talvez, em decorrência, eventualmente, de interpretações no entorno do entendimento (ou real significado) sobre a “autonomia” universitária, garantida, também, pela lei em referência.

Seja como for, independentemente de condicionamentos, a Extensão Universitária (ou, apenas, Extensão) deve ser tomada como atividade acadêmica que venha articular o Ensino e a Pesquisa, dentro e fora da Universidade, viabilizando a necessária relação real, efetiva e válida entre a Universidade e a Sociedade.

Muito simplesmente, então, pode ser o entendimento sobre Extensão quando relacionada à Universidade; senão, acompanhe o raciocínio a seguir considerado, qual seja:
(a) a Universidade em visita ao mundo real (seja interno ou externo) se inteira sobre os necessários problemas apresentados pela Sociedade;
(b) a Universidade de posse de semelhantes informações passa a realizar a Pesquisa de eventuais soluções dos problemas demandados conforme o conhecimento que possui;
(c) com as supostas soluções oriundas da Pesquisa (e de eventuais novos conhecimentos gerados pelos correspondentes estudos realizados) a Universidade volta ao mundo real e as submete aos requerentes, repetindo semelhante procedimento até que os envolvidos no processo reconheçam, em consonância, como solução de fato os resultados da Pesquisa realizada pela Universidade;
(d) reconhecida pela Sociedade a solução apresentada a Universidade repassa sob a forma de Ensino aquelas soluções dos problemas encontrados (transformadas em conhecimento) para seus Acadêmicos, ampliando as possibilidades de aquisição de outros conhecimento por consequência direta ou indireta;
(e) no dia seguinte, a Universidade volta ao mundo real e pergunta novamente à Sociedade quais são os problemas a resolver e se desencadeia todo o processo novamente.

Assim, acontece a Extensão Universitária: Extensão – Pesquisa – Extensão – Ensino – Extensão – Pesquisa – Extensão – Ensino – Extensão ... dentro e fora da Universidade.

Assim entendendo a Extensão não há muito que cogitar ou questionar senão fazer Extensão. A Universidade deve compor parte da Sociedade, do mundo real, do mundo dos problemas a resolver. Não estando na Sociedade, não entendendo a Sociedade ou não se comprometendo com os problemas e os desafios da Sociedade, a Universidade não compreenderá a Extensão, não fará Extensão, não conseguindo cumprir uma de suas obrigações precípuas.

Mas, a Extensão se faz interna na Universidade e externamente à Universidade, pois a Extensão está associada à razão de que o conhecimento gerado deve necessariamente possuir intenções de transformar a realidade de todas as Pessoas da Sociedade (sejam elas ligadas diretamente à Universidade ou não).

Da Extensão Cursos para seus próprios Acadêmicos à Extensão Produtos, Serviços ou Processos para a Sociedade; da Extensão Sociedade à Extensão Universidade, a Extensão deve ser concebida como “mão dupla” entre a Universidade e a Sociedade para o desenvolvimento simultâneo e contínuo da Comunidade Universitária e da Sociedade na qual a Universidade está inserida.

No sentido aqui defendido, de pouco adiantará a Extensão da Universidade na Sociedade, se não houver uma relação bidirecional mediada pelo mútuo desenvolvimento da Universidade e da Sociedade. Logo, a inserção da “Dimensão Acadêmica” da Extensão na formação dos Acadêmicos e na construção do conhecimento é primordial, também, para a efetivação da Extensão.

Assim sendo, os chamados Cursos de Extensão Universitária são imprescindíveis para a real “indissociabilidade” entre Ensino, Pesquisa e Extensão. Na medida em que se intensificam os Cursos de Extensão Universitária mais e mais são ampliadas as possibilidades da Extensão Universidade à Extensão Sociedade e da Extensão Sociedade à Extensão Universidade.

A Extensão por meio de Cursos dentro da Academia possibilita aos Acadêmicos capacitação imediata para resolver problemas próximos da Sociedade muito antes da conclusão de suas Graduações além de favorecer a “expertise” que transcende, em muito, a filosofia ou as plataformas metodológicas de qualquer bom PPC (Projeto Pedagógico de Curso) que, na maioria das vezes, é reformulado muito tardiamente em relação às Tecnologias (e às necessidades) que se apresentam na Sociedade de forma livre e intensificada a cada dia. Além do mais, associando-se, fortemente, à concepção da “indissociabilidade” entre Ensino, Pesquisa e Extensão, a Extensão deveria ser tomada como componente obrigatório na prática Docente nas Universidades.

Entendendo, todavia, a “expertise” com significado de “experiência, perícia, especialização” que reúne conjunto de habilidades, competências e conhecimentos adquirido com base no estudo de um assunto e a capacidade de aplicar tal conhecimento, os Cursos de Extensão Universitária para Acadêmicos (da própria Universidade), centrados em experiências e práticas necessárias exigidas pelo mundo real, permitem possibilitar aos futuros profissionais distinção em diversos outros campos de atuação além dos limites “propedêuticos” pretendidos pelo particular PPC.

A Extensão Universitária interna na Universidade, conforme aqui pensado, é promotora do desenvolvimento de outras habilidades e competências para executar atividades profissionais além daqueles restringidas pelos Currículos de quaisquer Cursos Universitários. Constitui, por si só, agente de Inovação que obriga transformação pelo acréscimo de conhecimento extemporâneo e segundo necessidades além dos paradigmas institucionalizados.

Carlos Magno Corrêa Dias
02/10/2013

1 de outubro de 2013

Inovação Industrial em Eletroquímica Abre Fronteiras para o Progresso.


Sob a sigla S3IE aconteceu, nos 16 e 17 de setembro de 2013, o I Seminário Internacional de Inovação Industrial em Eletroquímica, promovido pelo SENAI-PR (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Paraná), no Campus da Indústria, do Sistema Federação das Indústrias do Paraná (FIEP), do qual tive a grata satisfação de participar.

Como estamos constatamos, há algum tempo, sem muita controvérsia, a Eletroquímica permeia, de forma intensa, a maioria, senão todos, os setores industriais. Assim, o S3IE objetivou, de um lado, por em evidência semelhante constatação e, de outro, almejou sensibilizar a Indústria para a prática constante da Inovação tomando a Eletroquímica como indutor dos correspondentes processos.

O evento permitiu por em aproximação a Indústria e Grupos de Pesquisa (tais como o Grupo de Pesquisa em Lógica e Filosofia da Ciência que coordeno) para atuação conjunta visando a integração entre a Inovação, a Tecnologia e a Pesquisa Aplicada direcionada para o crescimento industrial nacional e para ampliação da competitividade. Como no grupo em referência mantenho a Linha de Pesquisa em “Inovação Científica e Tecnológica”, estando atualmente direcionando esforços no sentido de desenvolver estudos e pesquisa aplicada na área de Nanotecnologia e Nanomáquinas, o S3IE e os contatos que realizamos com outros pesquisadores e industrias de áreas correlatas foram de extrema importância aos perspectivarmos ações futuras conjuntas.

Em particular, por há muito defender a necessária aproximação entre a Indústria e a Academia, entre a Ciência e a Tecnologia, considero o S3IE um marco no sentido de mudarmos os paradigmas atuais que favorecem sobremaneira o distanciamento entre a Indústria e as Instituições de Ensino ou os Institutos de Pesquisa e Desenvolvimentos. O evento veio amenizar parte de minhas angústias dado que constituiu um momento ímpar que veio permitir a abertura de algumas portas para a diminuição das enormes distâncias entre as duas realidades em referência, a realidade da Academia (onde é salvaguardada a Ciência) e a realidade da Indústria (onde o mundo das possibilidades se desenvolve centrado na Tecnologia).

Ao SENAI-PR e à FIEP nossos parabéns e que a semente plantada no S3IE germine e venha nos dar aqueles frutos necessários para a intensificação do desenvolvimento de nossa Nação e para a melhoria de vida das Pessoas. Que em simbiose a Indústria e o Conhecimento caminhem compartilhando Pesquisa Aplicada para a geração de Produtos, Serviços e Processos sempre necessários para o Progresso.

Carlos Magno Corrêa Dias
01/10/2013