6 de julho de 2014

A Paternidade da Indissociação entre Diferenciação e Integração é da Humanidade.

   
Com relativa frequência nos deparamos com a questão simplista, por vezes “ingênua”, sobre “quem teria inventado o Cálculo Diferencial e Integral?” tal qual o utilizamos nos dias atuais. Respostas estritas (inevitáveis, categóricas), claramente, se poderiam apresentar contemplando cada uma das “legiões” de defensores “eufóricos” dos supostos “pais” da matéria em referência. Todavia, a menos do conceito de DIFERENCIAL (tomado de forma indissociada do termo INTEGRAL), a (possível) questão da paternidade da “DIFERENCIAÇÃO E INTEGRAÇÃO” não pode se reduzir aos limites daquilo que se torna “manifesto” ou “patente”.

Para chegarmos ao que Gottfried Wilhelm Leibniz (1646-1716) denominou “Cálculo Diferencial e Integral” e ao que Isaac Newton (1642-1727) chamava “Teoria das Fluxões” não é possível deixar de considerar todo o estudo precedente (de diversas gerações) que culminou nestes dois trabalhos consequentes. Além do mais não se deve confundir “Cálculo Diferencial e Cálculo Integral” com “Diferenciação e Integração” que embora possam convergir para semelhantes propósitos são distintos em sua formação e extensão.

“DIFERENCIAÇÃO e INTEGRAÇÃO” tem sua origem muito antes com os trabalhos de Antifon (ca. 480 a.C.-ca. 403 a.C.), Hipócrates de Chios (ca. 470 a.C.-ca. 410 a.C.), Eudoxo de Cnido (408-355 a.C.), Arquimedes (287-212 a.C.), Liu Hui (ca. 220), Zu Chongzhi (429-500), Aryabhata (476-550), Sharaf al-Din al-Tusi (ca. 1135-1213), Madhava de Sangamagrama (ca. 1350-ca.1425), René Descartes (1596-1650), Bonaventura Cavalieri (1598-1647), Pierre de Fermat (1601-1665), Evangelista Torricelli (1608-1647), John Wallis (1616-1703), Blaise Pascal (1623-1662), Isaac Barrow (1630-1677), James Gregory (1638-1675), dentre (muitos, muitos) outros.

O conhecimento é “construído” por várias mãos. No “Cálculo Diferencial e Integral” não foi diferente.

Como em outras oportunidade já observei “Antes de cada criação fantástica existe o trabalho anônimo e maravilhoso de diversas individualidades”. Todavia, Leibniz e Newton foram, também, inegavelmente, representantes notáveis das correspondentes individualidades aventadas.

Carlos Magno Corrêa Dias
06/07/2014