26 de abril de 2013

Investimentos em Projetos Devem Ser Entendidos como Negócio e Acompanhados Como Tal.


Promovido pelo Núcleo de Indústrias e Sindicatos (NIS), do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial (CPCE), do Sistema FIEP (SESI/SENAI/IEL), foi realizado no último dia 25 de abril de 2013, em Curitiba, na sede da FIEP, o segundo encontro dos “Temas Relevantes para Indústrias e Sindicatos: Oficina de Elaboração de Projetos, do qual participei e tive a oportunidade de interagir com profissionais da área de Sustentabilidade quando recebemos importantes informações sobre como perspectivar, avaliar, desenvolver e acompanhar projetos na área de responsabilidade socioambiental corporativa.

O evento foi apresentado em dois momentos distintos. Numa primeira etapa, considerações foram apresentadas sobre o propósito e funcionamento do Edital SENAI SESI de Inovação. Criado em 2004, o correspondente edital objetiva apoiar projetos de pesquisa aplicada em Empresas do Setor Industrial, por meio dos Centros de Tecnologia do SENAI e Unidades do SESI, tendo por base a Inovação (tecnológica e social). Da exposição apresentada, ficou evidenciado que o correspondente edital vem se constituindo em um importante meio de aproximação entre o SESI-PR e a Indústria Paranaense.

Em seguida, o tema principal do evento teve seu início com apresentação de palestra que objetivou por em evidência, primeiramente, o quão importante deve ser para as Empresas Investidoras a valorização dos investimentos em ações sociais e a necessária cobrança dos resultados propostos ou atingidos, pois os recursos destinados para a área social devem ser entendidos (principalmente, por parte dos gestores) como negócio e como tal devem ser acompanhados e avaliados para perspectivar em que medida valeram ser aplicados ou se, em dado futuro, poderiam ser novamente considerados ou, simplesmente, desconsiderados.

Uma outra questão particular abordada foi a da Extensão (que, em específico, coincidiu com uma de minhas posições há anos defendida). A Extensão foi aventada no sentido que as Empresas Investidoras em projetos devam considerar investimentos em Instituições que pretendam desenvolver trabalhos voltados para atender os anseios das Comunidades nas quais pretendem contribuir. Não há sentido em desenvolver projetos para uma determinada Comunidade na qual a Instituição executora do projeto detenha apenas um particular conhecimento ou domínio, mas que não interessam sobremaneira à comunidade para a qual o projeto foi pensado. Os projetos devem ser elaborados escutando as reais necessidades daqueles para os quais são idealizados. Assim, primeiramente, deve ser investigado se aquilo que as pessoas realmente anseiam ou precisam está sendo contemplado no projeto, pois do contrário os recursos investidos não gerarão resultados aceitáveis e, muito provavelmente, constituirão prejuízo (no sentido mais estrito do termo).

De outro lado, entretanto, mas fortemente associada à questão precedente, foi enfatizada a questão da capacitação ou não das Intituições nas quais se objetivam investimentos em projetos. Conforme foi pontuado não é possível associar-se com Instituições que sabidamente não desenvolvam um bom trabalho ou não darão conta de atender as expectativas das Comunidades para as quais os projetos são engendrados. Segundo ficou bastante claro na palestra: “investir dinheiro em projetos de instituições sem credibilidade é comprometer o progresso e a imagem da Empresa que investe”. Assim, as Instituições para as quais serão destinados recursos para projetos devem ser previamente investigadas no sentido de avaliar, como já salientado, o “negócio” como um todo perspectivando os possíveis resultados nas frentes envolvidas.

Durante a “Oficina de Elaboração de Projetos” diversos outros pontos (gerenciais, técnicos, de contextualização) foram considerados objetivando mostrar aos participantes como devem ser conduzidos adequadamente (de forma completa e objetiva) os trabalhos quando as Empresas se permitam investir em projetos de Instituições para o atendimento de necessidades em distintas áreas e, em particular, naquelas de responsabilidade socioambiental corporativa e de sustentabilidade.

Carlos Magno Corrêa Dias
26/04/2013