MITOS Afastam os Homens das CIÊNCIAS, das ARTES e da FÉ.
Considerações sem fundamento
objetivo ou científico que dão origem a histórias em universos puramente
maravilhosos constituem apenas narrativas de caráter simbólico instituídas para
manter a proliferação de recorrentes e desejadas crenças.
Estas últimas, por sua vez, devido à especificidade
fantasiosa, procuram interpretar ou entender a existência de uma dada cultura desenvolvida ou de um
determinado valor instaurado, de forma assaz particular e estrita, fazendo
forte apelo aos mistérios que são permitidos aceitar. Tal é o caso, por
exemplo, de se atribuir feitos extraordinários ou inumanos a seres que foram
apenas reais, normais ou, também, simplesmente, mortais.
Muitas falácias (ou, na verdade, sofismas) são
consideradas em torno de pessoas que ao longo do transcorrer do tempo assumiram
a posição de seres históricos e que por motivos dos mais variados, centrados,
em geral, em pretextos não racionais ou impelidos por quimeras incontroláveis,
ofuscam, efetivamente, a verdade; dando origem aos venerados e questionáveis
mitos.
Mas, uma separação, entre o mito e o verdadeiro, é
exigida de forma lógica pela racionalidade compulsória. Assim, antes de se
venerar os mitos que se vão surgindo, abundantemente, seria recomendável
considerar, para cada caso, o conjunto da obra e perspectivar as consequências
geradas. Ver-se-ia, então, que não haveria como sustentar aquelas mitologias
criadas pelo emocional ou pela compulsiva necessidade de identificar seres
fantásticos dentre os normais para, talvez e por outro lado, sustentar o desejo
de amenizar, psicologicamente, formas reconhecidas de não compreensão dos
resultados propostos.
Não se deve, entretanto, esquecer que os mitos
constituem necessidade humana e que tanto a manutenção dos mitos existentes
(impostos por gerações precedentes) quanto a criação de novos mitos
(solicitados pelas gerações atuais) obscurecem o juízo, condicionam ilusões
ilimitadas e afastam os homens da CIÊNCIA, das ARTES e da FÉ.
Carlos Magno Corrêa Dias
Curitiba-PR, 30/06/2012