30 de junho de 2012

MITOS Afastam os Homens das CIÊNCIAS, das ARTES e da FÉ.


Considerações sem fundamento objetivo ou científico que dão origem a histórias em universos puramente maravilhosos constituem apenas narrativas de caráter simbólico instituídas para manter a proliferação de recorrentes e desejadas crenças.

Estas últimas, por sua vez, devido à especificidade fantasiosa, procuram interpretar ou entender a existência de uma dada cultura desenvolvida ou de um determinado valor instaurado, de forma assaz particular e estrita, fazendo forte apelo aos mistérios que são permitidos aceitar. Tal é o caso, por exemplo, de se atribuir feitos extraordinários ou inumanos a seres que foram apenas reais, normais ou, também, simplesmente, mortais.

Muitas falácias (ou, na verdade, sofismas) são consideradas em torno de pessoas que ao longo do transcorrer do tempo assumiram a posição de seres históricos e que por motivos dos mais variados, centrados, em geral, em pretextos não racionais ou impelidos por quimeras incontroláveis, ofuscam, efetivamente, a verdade; dando origem aos venerados e questionáveis mitos.

Mas, uma separação, entre o mito e o verdadeiro, é exigida de forma lógica pela racionalidade compulsória. Assim, antes de se venerar os mitos que se vão surgindo, abundantemente, seria recomendável considerar, para cada caso, o conjunto da obra e perspectivar as consequências geradas. Ver-se-ia, então, que não haveria como sustentar aquelas mitologias criadas pelo emocional ou pela compulsiva necessidade de identificar seres fantásticos dentre os normais para, talvez e por outro lado, sustentar o desejo de amenizar, psicologicamente, formas reconhecidas de não compreensão dos resultados propostos.

Não se deve, entretanto, esquecer que os mitos constituem necessidade humana e que tanto a manutenção dos mitos existentes (impostos por gerações precedentes) quanto a criação de novos mitos (solicitados pelas gerações atuais) obscurecem o juízo, condicionam ilusões ilimitadas e afastam os homens da CIÊNCIA, das ARTES e da FÉ.

Carlos Magno Corrêa Dias
Curitiba-PR, 30/06/2012